quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Entenda a COP-15, conferência das nações unidas sobre mudanças climáticas

Entenda o que estará em jogo durante a realização da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas que começa nesta segunda-feira (7) em Copenhague, na Dinamarca.

A COP-15 em Copenhague

De 7 a 18 de dezembro, a Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, que abrange 192 países, vai se reunir em Copenhague, na Dinamarca, para a 15ª Conferência das Partes sobre o Clima, a COP-15. O objetivo é traçar um acordo global para definir o que será feito para reduzir as emissões de gases de efeito estufa após 2012, quando termina o primeiro período de compromisso do Protocolo de Quioto.

O Protocolo de Quioto

Assinado em 1997 e ratificado em 2005, o Protocolo de Quioto estabelece metas de redução de emissões de gases de efeito estufa para os países desenvolvidos, que historicamente contribuíram mais para a concentração desses gases na atmosfera. O acordo determina a redução em 5% das emissões, em relação aos níveis de 1990. O primeiro período de compromisso do protocolo termina em 2012. A reunião de Copenhague terá que definir os próximos passos do acordo climático global.

O que está em jogo

O Painel Intergovernamental sobre Mudança Climática (IPCC, na sigla em inglês), formado por 2,5 mil cientistas, afirma que a Terra já aqueceu cerca de 0,7 graus Celsius (ºC) desde a Revolução Industrial. O IPCC projetou cenários futuros que preveem o aquecimento do planeta em pelo menos 1,8°C até o fim deste século, dependendo das medidas tomadas pelos países para reduzir as emissões.

Metas x Compromissos voluntários

O Protocolo de Quioto prevê metas obrigatórias de redução de emissões de gases de efeito estufa para a União Europeia e mais 37 países industrializados. Os países em desenvolvimento, caso do Brasil, da China e Índia, não têm reduções obrigatórias. Metas obrigatórias para esses países não deverão entrar no texto que sairá da COP-15, mas essas nações serão cobradas a ter compromissos mensuráveis, reportáveis e verificáveis de redução de emissões em nível nacional.

Principais pontos da negociação

Além das novas metas e compromissos de redução de emissões de gases de efeito estufa para o período pós-Quioto, na COP-15 os países terão que negociar como será feita a transferência de tecnologia de países industrializados para que os países em desenvolvimento possam realizar ações de mitigação e adaptação às mudanças climáticas. O financiamento dessas ações também não está definido. O Banco Mundial estima que sejam necessários pelo menos US$ 400 bilhões por ano para que os países em desenvolvimento enfrentem as mudanças do clima.

A preservação de florestas para evitar emissões de gases de efeito estufa deve ser incluída no acordo, no mecanismo de Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação, o Redd. É preciso definir como os países que mantêm a floresta em pé serão recompensados: por meio de um fundo com contribuições internacionais voluntárias, com a geração de créditos de carbono negociáveis no mercado ou com um mecanismo híbrido entre fundos e mercado. (eco4planet)

Irã corta internet para evitar protestos

A polícia e os guardas revolucionários avisaram que qualquer reunião “ilegal” será ferozmente combatida na segunda, quando o país celebra o Dia do Estudante em comemoração à morte de três estudantes em 1953 sob o governo do antigo Chá.

"Todas as permissões liberadas para a cobertura de imprensa em Teerã foram revogadas entre 7 e 9 de dezembro”, disse o departamento de imprensa internacional do Ministério da Cultura. O aviso foi dado sábado, via uma mensagem SMS enviada a jornalistas, fotógrafos e cinegrafistas trabalhando para veículos estrangeiros no Irã.

Nos últimos dias, as conexões de internet em Teerã estão ou muito lentas ou completamente desligadas. Um funcionário do ministério das telecomunicações do Iran disse à Reuters que o acesso à internet e linhas de celulares estaria bloqueado na segunda.

Nas eleições de 12 de junho, o presidente linha-dura Mahmoud Ahmadinejad voltou ao poder com uma grande margem e seus opositores reformistas o acusaram de fraude. Milhares de iranianos foram às ruas na maior demonstração anti-governista em 30 anos de história da República Islâmica.

Autoridades negaram fraude eleitoral e retrataram a manifestação como um evento patrocinado por outros países para minar o estado.

"Qualquer reunião ilegal fora da universidade será fortemente confrontada”, disse o chefe de polícia Esmail Ahmadi-Moqaddam, citado no jornal Etemad.

A organização parisiense Repórteres Sem Fronteiras disse em declaração na segunda que os jornalistas estavam enfrentando um aumento das dificuldades no Irã.

"A situação da liberdade de imprensa está ficando pior a cada dia no Irã”, disse. "Jornalistas que escolheram não deixar o país estão sendo constantemente ameaçados ou convocados pelo serviço de inteligência, incluindo o serviço de inteligência da Guarda Revolucionária. Alguns receberam sentenças de longos anos de prisão ao final de processos judiciários completamente ilegais”.

A organização disse que 28 jornalistas e blogueiros estavam detidos e pediu às autoridades que os soltassem. Vários sites pediram a pessoas que se reunissem no dia do estudante perto da Universidade de Teerã, onde a maior manifestação terá lugar.

Até agora, os candidatos derrotados Mirhossein Mousavi e Mehdi Karoubi não anunciaram se iriam participar dos protestos anti-governistas, como fizeram no passado.

O site reformista Mowjcamp alertou sobre a possibilidade de confrontos entre as forças de segurança e os manifestantes. "Protestos nas ruas na segunda não têm segurança... Um confronto violento deve acontecer no dia”.

Em setembro, a oposição entrou em confronto com favoráveis do governo e a polícia na manifestação anual pró-Palestina.

Forças de segurança também se chocaram com aliados de Mousavi em Teerã no dia 4 de novembro durante uma manifestação antiamericana – usada pela oposição para protestar contra o governo religioso.

Milhares de reformistas, incluindo antigos oficiais, estudantes, advogados e ativistas foram presos após as eleições em junho. A maioria já foi liberada desde então, mas mais de 80 pessoas já foram sentenciadas à penas maiores que 15 anos e cinco receberam pena de morte.

A oposição reformista diz que mais de 70 pessoas já foram mortas na violência pós-eleições. Oficias dizem que o número de mortos é a metade desse e incluía a milícia Basij.

Imagem do dia - amanhecer em Piedade


Literatura de cordel na web


Trata-se da catalogação e digitalização do Acervo Maria Alice Amorim de literatura de cordel, constituído de mais de sete mil folhetos populares. Tendo em vista o volume da coleção, tornou-se premente, para qualquer tipo de consulta ao acervo, a catalogação bibliográfica, inclusive com a digitalização de todo o conteúdo dos folhetos, a fim de possibilitar agilidade na consulta, mediante uso de ferramentas digitais de busca e, ainda, poupar do manuseio o frágil material.

O resultado deste projeto é oferecer o acesso a um acervo particular, constituído de documentos extremamente importantes para os estudos da cultura e da literatura populares brasileiras. Um dos produtos resultantes é este catálogo digital, que contém informações sobre 7.300 folhetos de literatura de cordel, registrados tecnicamente sob as normas da ABNT, e oferece, ainda, a visualização da capa de cada um deles. O outro produto, ou seja, a integralidade da digitalização dos cordéis, pode ser acessado por meio de pesquisa presencial na Fundação Joaquim Nabuco, na cidade do Recife.

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