domingo, 13 de dezembro de 2009

Google irá mostrar o desmatamento na amazônia

Breve, qualquer um com um computador e uma conexão de internet vai poder monitorar o desmatamento da Amazônia. Rebecca Vonada , responsável pelo uso social do Google Earth, acabou de apresentar na COP15 um protótipo de ferramenta potencialmente revolucionária. Funcionará como uma camada do programa Google Earth. Com alguns toques, qualquer pessoa terá acesso às imagens e aos números de desmatamento em qualquer pedaço da Amazônia (foto ao lado).

Os dados serão permanentemente atualizados. É uma parceria do Google com o Instituto do Homem e do Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), que faz há alguns anos um monitoramento paralelo do desmatamento, usando os dados dos mesmos satélites que fazem os dados oficiais do Ministério do Meio Ambiente. “Nosso objetivo é contribuir para a democratização da informação dessa região”, diz Rebecca.

Mediterrâneo foi inundado pelo oceano atlântico há 5 milhões de anos

Há 5,33 milhões de anos, o Mar Mediterrâneo se encheu em menos de dois anos com as águas do Oceano Atlântico que atravessaram o estreito de Gibraltar com um volume mais de mil vezes superior ao caudal do Amazonas, segundo estudo publicado na última edição da revista Nature.

Antes, durante uma crise que se estendeu entre 50.000 e 400.000 anos, o Mediterrâneo ficou isolado do oceano e o estreito de Gibraltar se viu transformado em istmo. As águas marinhas se evaporaram em sua maior parte e deixaram um lago muito salinizado, cuja superfície era de entre 1.500 metros e 2.700 metros abaixo do nível atual dos mares.

A cheia do Mediterrâneo aconteceu de forma abrupta, após o desaparecimento do istmo que unia a África e a Europa, segundo Daniel García-Castellanos, membro do grupo de pesquisa do Instituto de Ciências da Terra Jaume Almera, de Barcelona.

"Quase 90% do total da água passou do Atlântico para o Mediterrâneo num lapso de tempo compreendido entre vários meses e dois anos", segundo os pesquisadores catalães. "Essa cheia repentina implicou elevações do nível do Mar Mediterrâneo de mais de dez metros diários", calcularam especialistas.

Estudos anteriores baseados na profundidade do estreito naquela época calcularam que a cheia do Mediterrâneo durou entre dez anos e vários milênios. Os trabalhos publicados agora pela Nature utilizaram técnicas de estudo dos trechos dos sedimentos para chegar às suas conclusões.

A cheia rápida coincide com as indicações sobre a biodiversidade contidas nos sedimentos, que mostram uma mudança entre o episódio da crise do excesso de sal, marcada por uma grande pobreza da fauna marinha, e o imediatamente posterior, caracterizado por um grande número de espécies.

Segundo a explicação dos cientistas, durante a cheia do Mediterrâneo, "o principal canal começava a algumas dezenas de quilômetros dentro do Atlântico e prosseguia, perdendo gradualmente sua altitude, até o centro do Mar de Alboran (parte ocidental do Mediterrâneo, entre a Espanha e Marrocos)". "A velocidade do leito ultrapassou os 300km/h", afirmou García-Castellanos. Da Agência France Press.

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