sábado, 26 de dezembro de 2009

Erupção vulcânica nas profundezas do oceano pacífico

A mais profunda erupção vulcânica de que se tem notícia foi descoberta no Oceano Pacífico, próximo aos arquipélagos de Fiji e Samoa, a 1,2 mil metros abaixo da superfície. Indícios da existência do vulcão submarino, denominado West Mata, foram encontrados no fim do ano passado, mas confirmados apenas em maio último.

Agora, os cientistas responsáveis pela descoberta, em missão financiada pela National Oceanic and Atmospheric Administration (NOAA) e pela National Science Foundation (NSF), divulgaram vídeos e fotos da erupção. É o primeiro vulcão submarino filmado em plena atividade, algo que os cientistas tentam fazer há mais de 25 anos.

O resultado, segundo os autores, é “espetacular”. As imagens produzidas incluem grandes bolhas de lavas com cerca de 1 metro de largura que são lançadas na fria água do mar e jatos vermelhos brilhantes de lava ejetada.

Outra novidade conseguida foi a obtenção de imagens de lava avançando pelo fundo oceânico. Sons da erupção foram gravados por um hidrofone e depois montados junto às imagens.

“Encontramos um tipo de lava que nunca havia sido vista durante a erupção de um vulcão ativo”, disse o cientista-chefe da missão Joseph Resing, da Universidade de Washington.

As imagens foram produzidas pelo robô submarino Jason, que os cientistas conseguiram levar a poucos metros da erupção. “Em terra, ou mesmo em águas mais rasas, não seria possível chegar tão perto e conseguir registrar tantos detalhes”, disse Bob Embley, da NOAA, outro integrante da missão.

Os vídeos foram apresentados no dia 17, em San Francisco, na conferência anual da União Geofísica Norte-Americana.

O vulcão West Mata está produzindo lavas do tipo boninite, que estão entre as mais quentes das erupções ocorridas em tempos modernos. Segundo os cientistas, registros de lavas semelhantes às do vulcão submarino foram encontradas apenas em vulcões extintos há mais de 1 milhão de anos.

“O resultado é que, pela primeira vez, podemos examinar, com bastante proximidade, a maneira com que as ilhas oceânicas e os vulcões submarinos são formados”, disse Barbara Ranson, diretora da Divisão de Ciências Oceânicas da NSF.

Os pesquisadores estimam que 80% da atividade vulcânica terrestre ocorra nos oceanos, com a maioria dos vulcões localizada em grandes profundidades. Até esta descoberta, a NOAA e a NSF vinham financiando pesquisa em vulcões submarinos há 25 anos, sem conseguir registrar uma erupção profunda. (agência fapesp)

As maravilhas do cérebro em 2009

Transmissão de sinais via web, ressonâncias que lêem pensamentos e até técnicas para apagar o que você não quer da memória.

Em 2009, as pesquisas apontaram novos rumos para o controle cerebral – e também mostraram algumas curiosidades relacionadas ao funcionamento da mente. Reveja aqui seis matérias que deram o que falar no ano.

1)Cientistas conseguem apagar lembranças ruins Pesquisadores americanos descobriram uma maneira de bloquear lembranças que causam medo, abrindo caminho a novos tratamentos para stress.

2) Voluntários digitam com o poder da mente Ondas cerebrais conseguem digitar letras em número em computador da Mayo Clinic, nos Estados Unidos.

3)Estar em forma ajuda a ter QI mais alto Jovens adultos que estão em forma têm QI mais alto e maior probabilidade de ir à universidade. A afirmação faz parte da conclusão de um estudo realizado com 1,2 milhões de homens suíços

4) Homem amnésia tem cérebro dissecado na web Um dos cérebros mais famosos do mundo está passando por um processo de dissecação e mapeamento, com imagens transmitidas via internet.

5) Sinal telepático é transmitido via internet Pesquisadores da Universidade de Southampton afirmam que é possível fazer duas pessoas se comunicarem pelo poder da mente.

6) Ressonância magnética adivinha pensamentos Pesquisadores dos Estados Unidos estão investindo em uma técnica de observação do cérebro conhecida como ressonância magnética funcional de memória que, até agora, mostrou resultados promissores. (info)

Aumenta desmatamento na Amazônia Legal

Depois do fracasso de Copenhague, mais uma notícia ruim para o meio ambiente. O desmatamento está aumentando na Amazônia.

Em novembro, os fazendeiros destruíram 75 km² de florestas da Amazônia Legal, o que representou um aumento de 21% em relação ao mesmo mês do ano passado, quando o homem derrubou 61 km² quadrados da floresta, segundo dados do Instituto do Homem e do Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), ong que usa os mesmos radares do Instituto de Pesquisas Espaciais (Inpe), utilizados pelo governo para acompanhar a situação do desmatamento na região.

De acordo com pesquisadores do Imazon, o aumento do desmatamento tem sido estimulado pelo afrouxamento das medidas de punição aos devastadores. Depois das operações de apreensões de bois que estavam sendo criados ilegamente em áreas devastadas na Amazônia, em operaçãoes como "Boi Pirata" e "Arco do Desmatamento", no Pará, houve uma forte pressão dos fazendeiros contra essas ações do governo.

Muitos juizes, sobretudo da região de Santarém, acabaram concedendo liminares em favor dos fazendeiros, permitindo que eles pudessem continuar criando o gado nas áreas devastadas. Isso deu força aos desmatadores — disse ao GLOBO, por telefone, Sanae Hayashi, pesquisadora do Imazon no Pará.

O aumento nas áreas desmatadas pode ser constatado em qualquer comparativo de dados deste ano com relação aos do ano passado. De janeiro a julho deste ano, a área devastada foi de 1.681 kms quadrados, enquanto que em igual período de 2008 o desmatamento atingiu uma área de 1.597 kms quadrados. De agosto a novembro deste ano, o desmate atingiu uma área de 757 kms quadrados, o que representou um aumento de 29% em relação ao mesmo período do ano passado, que atingiu uma área de desmate de 586 kms quadrados.

— Além das decisões favoráveis dos juizes, beneficiando os produtores rurais ilegais, houve uma grande pressão dos pecuaristas também sobre os governos dos Estados e o governo federal, que recuaram nas punições aos fazendeiros. Até as listas com os nomes dos fazendeiros ilegais pararam de ser divulgadas — disse a pesquisadora do Imazon.

— E nós achamos que agora, com o fracasso de Copenhague, o desmatamento vai continuar crescendo — acrescentou Sanae Hayashi.

O Pará, novamente, está entre os estados que mais desmatam na Amazônia. Em novembro, o Pará desmatou 51 kms quadrados, equivalente a 69% dos 75 kms quadrados desmatados em toda a Amazônia Legal. Em segundo lugar, aparece o Estado do Amazonas, que cortou 8 kms quadrados de matas (11% do total). Depois vem o Mato Grosso, com o desmate de 5 kms quadrados (6% do total).

Além das áreas desmatadas, o Imazon observou um total de 29 kms quadrados de área degradada, ou seja, em processo de desmate. Por causa das nuvens na região, os radares só puderam observar 68% da região, pois o resto estava coberto por nuvens, o que é comum nesta época de chuvas na região.

Os números do Imazon são similares aos do Inpe, que só divulgará seus dados relativos a novembro no início do ano que vem. Segundo o Inpe, de agosto de 2008 a julho de 2009, a Amazônia Legal perdeu 7.008 kms quadrados em florestas.

Texto de Germano Oliveira. (agência globo)

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