domingo, 31 de outubro de 2010

Enocultura; incremente sua biblioteca 3


Sabores do Brasil em Portugal - Descobrir e transformar novos alimentos (séculos XVI-XXI)
Isabel M. R. Mendes Drumond Braga, Editora Senac São Paulo, 352 páginas, R$ 60

A infl uência portuguesa no Brasil é, sem dúvida, marcante. Porém, o Brasil também infl uenciou sua metrópole em diversas áreas, incluindo a culinária. Então, como se deu o intercâmbio gastronômico e cultural entre Brasil e Portugal? Como foram as descobertas de novos sabores? Qual a situação atual desse panorama? Essas são algumas das perguntas nas quais a autora se debruça, numa analise histórica e sociológica sobre o tema.

Bebida, abstinência e temperança - Na história antiga e modernaHenrique Carneiro, Editora Senac São Paulo, 288 páginas, R$ 55
Toda vez que você bebe um pouco acima do seu limite e, no dia seguinte, vem aquela ressaca, provavelmente fica se perguntando o porquê da bebedeira na noite anterior. Mas saiba que a embriaguez é estado que pode ser considerado sagrado em algumas culturas. Sendo assim, o livro do professor da USP faz uma análise da história moral da embriaguez, baseada em referências da tradição ocidental e atitudes sociais diante desse estado especial. O autor faz um percurso histórico sobre as formas culturais de ingestão, das práticas, dos atos e gestos diante do álcool.

200 Receitas de Sobremesas Divinas
Sara Lewis, Publifolha, 240 páginas, R$ 19,90

Os apreciadores de um bom docinho encontrarão aqui uma variedade tentadora de bolos, tortas, pudins, rocamboles, carolinas, musses, sufl ês e sorvetes. Acompanhado de belas fotos, o livro apresenta receitas de 200 sobremesas quentes, frias, práticas e sofisticadas, que atendem a todas as ocasiões e finalizam uma refeição com estilo. Ensina também técnicas básicas para bater cremes, fazer merengues, trabalhar com chocolate, cobrir e decorar tortas e preparar massa folhada.

sábado, 30 de outubro de 2010

Halloween

Segundo a wikipédia, O Dia das Bruxas (Halloween é o nome original na língua inglesa) é um evento tradicional e cultural, que ocorre nos países anglo-saxônicos, com especial relevância nos Estados Unidos, Canadá, Irlanda e Reino Unido, tendo como base e origem as celebrações dos antigos povos (não existe referências de onde surgiram essas celebrações).

Um dos símbolos do Dia das Bruxas (Halloween) é a abóbora.
um "artista" que cria abóboras bem assustadoras é Ray Villafane, ele "cria" abóboras com imagens em 3D super assustadoras. Confira abaixo

Um azeite e a conta, por favor!


Torta de cenoura com azeitonas, sorvete de maracujá, crocante de laranja regado ao óleo de oliva aromatizado de especiarias; ou bolo de chocolate com morangos e azeite de pimenta verde. O que pensamos destas duas sugestões de sobremesas? Gostaria de presenciar o momento em que cada um lesse estas duas harmonizações que, para muitos, imagino, ainda podem parecer um tanto quanto esquisitas.

Pois essas duas receitas foram elaboradas pelo aclamado chef português Vitor Sobral e são nada mais do que duas simples combinações do óleo de oliva com um prato doce. Se já começamos a nos habituar com a harmonização do azeite nos diferentes pratos salgados, porque não também com os doces?

No Brasil, há algum tempo, apresentar uma sobremesa que levasse óleo de oliva na receita poderia ser considerado um absurdo. Mas aos poucos isso vem mudando e hoje já é uma “novidade” que pode ser muito bem aceita, tida como algo original ou até mesmo com um quê vanguardista. O brasileiro começa a pensar na harmonia do azeite de oliva da mesma forma com que já se acostumou à harmonia do vinho – pois tempos atrás falar de harmonização de um vinho com uma sobremesa também poderia parecer algo inexplicável, no entanto existe o vinho certo para determinados doces, e da mesma maneira o azeite.

Para dar continuidade a essas combinações, não custa nada relembrar um pouco sobre o método básico da harmonização do óleo de oliva, a fim de auxiliar nessa concordância ainda pouco usual.

Harmonização 

Convencionalmente, o que consideramos em uma harmonização de azeite é a concordância do sabor do alimento com a intensidade do óleo, para não camuflar, mas, sim, realçar o sabor do prato. Alimentos com gosto mais acentuado – como uma carne vermelha, por exemplo – pedem um azeite com aroma mais intenso e picante. Pratos mais delicados, como um peixe cozido, harmonizam melhor com azeites frutados, menos picantes. As saladas de modo geral buscam os mais perfumados. E carnes brancas e legumes chamam um óleo de oliva de notas mais amendoadas.

Segundo o método Cerretani, Biasini, Bonoli-Carbognin, Bendini, desenvolvido na Itália e já citado em ADEGA (na edição 38), devem ser identificadas as características mais marcantes do alimento que será harmonizado; nesse caso, a doçura. Como a combinação do azeite de oliva normalmente é uma harmonização de concordância, a principal característica que buscamos no óleo é justamente o doce, as notas mais adocicadas, mais suaves, características de cultivares maduros, alguns deles chamados, assim como o vinho, de “late harvested”. Os franceses, por exemplo, possuem um óleo com essas características, conhecido como fruité noir – em geral de origem da ilha de Córsega –, cuja principal característica é a ausência de notas verdes.

Algumas características secundárias também podem ser avaliadas para tornar a harmonização ainda mais concordante. Notas amendoadas, encontradas nos azeites elaborados a partir de um fruto maduro podem acompanhar perfeitamente um doce elaborado com amêndoas e, da mesma forma, outras notas adocicadas, como a banana, por exemplo. Algumas harmonizações mais contrastantes também podem ser testadas, como harmonizar o chocolate com um azeite fresco, que tenha no picor a sua característica mais acentuada, a fim de criar uma nova releitura para o chocolate com pimenta.

Já experimentou colocar um fio de azeite (condimentado ou extra virgem) sobre o sorvete?
Aromatizados 

As sobremesas podem também ser combinadas com os azeites aromatizados, como as duas sugestões citadas no início desta matéria. Dois ingredientes, de cuja boa harmonia conhecemos, podem ser criados de uma maneira mais vanguardista, transformando um deles em um azeite aromatizado. Um simples exemplo disso é o sorvete de creme regado com um azeite de limão siciliano, baunilha, ou até mesmo, para aqueles mais ousados, um bom extra virgem com notas adocicadas. Isso adiciona sofisticação a uma singela sobremesa.

Há séculos, o azeite de oliva representa uma preciosa companhia à mesa e, aos poucos, conhecemos mais a fundo suas propriedades e é justamente por isso que o mais importante para conseguir bem harmonizá-lo, especialmente em se tratando de uma sobremesa, é o empirismo, degustar uma vasta quantidade de diferentes tipos deste óleo e ousar, sendo ele aromatizado ou extra virgem, para encontrar a harmonia que melhor se encaixe ao seu paladar. ( da revista adega ).

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Abelhas resolvem dilema da computação


Imagine uma cena que acontece todos os dias: um vendedor deve percorrer várias cidades e gostaria de saber o caminho mais curto que lhe permita visitar todas.
O problema é velho conhecido dos matemáticos e dos cientistas da computação, tão conhecido que é chamado de Problema do Caixeiro-viajante - caixeiros-viajantes eram pessoas que antigamente saíam vendendo badulaques pelas cidadezinhas do interior.
O fato é que não existe um algoritmo eficiente para resolver o problema. Mesmo os grandes supercomputadores podem ficar ocupados por dias tentando achar a solução para um número relativamente pequeno de cidades - isto porque ele precisa comparar todas as combinações possíveis de rotas.


Circuito neural mínimo

Mas a equipe do professor Lars Chittka, da Universidade de Londres, na Inglaterra, descobriu que as abelhas encontram a solução para o problema sem precisar de supercomputadores - e tendo um cérebro pouco maior do que a cabeça de um alfinete.
Abelhas não vendem badulaques por aí, mas elas precisam achar a rota mais eficiente para visitar diversas flores.
"As abelhas têm que associar centenas de flores de uma maneira que minimize a distância da viagem e, em seguida, encontrar de forma confiável o caminho de casa - não é uma façanha trivial se você tiver um cérebro do tamanho de uma cabeça de alfinete," diz Chittka.
Ao estudar como as abelhas fazem, os cientistas conseguiram identificar o circuito neural mínimo necessário para a solução de problemas complexos.

Da Internet ao trânsito

Chittka e seus colegas usaram flores artificiais controladas pelo computador para verificar se as abelhas iriam seguir uma rota definida pela ordem em que elas descobriram as flores ou se iriam procurar a rota mais curta.
Eles se espantaram ao ver que, depois de explorar a localização das diversas flores, as abelhas aprenderam rapidamente a fazer o percurso mais curto possível. A parte mais difícil da pesquisa foi ficar esperando o computador calcular o menor caminho possível, para checar se as abelhas estavam certas.
A descoberta tem uma ampla gama de aplicações - da entrega de pacotes de dados na Internet e de pacotes reais pelos Correios, até a eliminação de engarrafamentos nas cidades, apenas para citar alguns.
E, compreendendo como as abelhas podem resolver um problema que para os humanos se tornou um dilema, mesmo tendo um cérebro tão pequeno, poderemos melhorar nossas capacidades de administração de nossas necessidades diárias sem depender de computadores superpoderosos o tempo todo. ( do inovação e tecnologia ).

Dados dos Estados Brasileiros para Estudos Comparativos

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Uma foto com 152 gigapixels

A maior foto do mundo tem a altura de um prédio. A largura de dois quarteirões. Tem 152 gigapixels, ou simplesmente 0,15 terapixels. É tão pesada que demorou uma semana para ser enviada para a web. E foi feita no Brasil, por um grupo de pesquisadores do Instituto Nacional de Matemática Pura e Aplicada (Impa), no Rio de Janeiro.

O grupo liderado pelo fotógrafo e matemático Luiz Velho quebrou duas vezes a barreira da maior foto do mundo. A primeira foi uma foto do Corcovado com 67 gigapixels. E a segunda, uma imagem do Pão de Açúcar que tem mais do que o dobro disso. "Nós pensamos 'vamos ver onde podemos chegar, qual é o limite da resolução na fotografia, o quanto de detalhes é possível capturar com um equipamento digital'", explica Velho, que já foi fotógrafo profissional e câmera de cinema antes de se dedicar à matemática.
Para gerar a maior foto do mundo, foram necessárias seis mil imagens de 18 megapixels cada, em um processo de captura que levou mais de quatro horas. A equipe usou uma Canon T2i, um robô Epic Pro que facilita a captura das imagens e um software de sincronização para juntar as milhares de imagens em um mesmo panorama. Todos os envolvidos no instituto são pesquisadores renomados em matemática e computação, e se reuniram em 20 de julho sob "condições perfeitas" para aquela foto.

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Explorando os planetas do sistema solar

Recentemente duas notícias na área da astronomia movimentou a comunidade científica. A descoberta de um novo planeta com condições atmosféricas semelhantes a da terra, possibilitando prováveis condições de vida, e a provável existência de água na lua. Dois feitos consideráveis nas pesquisas espaciais. Neste post, trazemos um interessante link que detalha muito bem os planetas do nosso sistema solar. Confira aqui.

domingo, 24 de outubro de 2010

Ron Mueck


Um mouse movido a corda

Cada vez mais as pessoas estão aderindo à tecnologia wireless. Os fios já são dispensáveis e ninguém aguenta mais tê-los espalhados pela casa juntando poeira.
Pois é, a tecnologia wireless é mesmo ótima, mas tem consumido muita pilha. E a maioria das pessoas ainda usam as pilhas descartáveis.
Que tal um mouse movido a corda? O Sustail é carregado apenas pela força motora. Você poderá usar o aparelho até um sinal sonoro indicar que você precisará novamente fazer o seu trabalho. Interessante, não?    ( energia eficiente )

sábado, 23 de outubro de 2010

Uma autopista que atravessa um edifício


Uma Feira Internacional de Arte Contemporânea

A 37ª edição da prestigiosa Feira Internacional de Arte Contemporânea (FIAC) abriu suas portas dia 21 de outubro, em Paris,  e durante 4 dias, 195 galerias de arte vindas de 24 paises apresentarao 3500 artistas.  A Fiac acontece simulâneamente em varios espaços, o museu do Grand Palais,  a Cour Carrée do Louvre, e o Jardim das Tuilleries. Em paralelo à Fiac, Paris também organiza três "feiras off" (Cutlog, Show Off, Slick e Art Elysées). Assista aqui, a um vídeo sobre o evento. ( da correspondente do blog em Montpellier ).

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

A bicicleta elétrica da Volkswagen


A indústria automobilística finalmente entendeu o conceito de Mobilidade Sustentável. A Volkswagen apresentou seu primeiro veículo de duas rodas e o conceito "Think Blue" na Auto China 2010. Por incrível que pareça, a bicicleta da Volkswagen chamou mais a atenção da gente que os próprios carros da marca. A empresa se referiu a ela como una obra de arte da mobilidade. A VW Bik.e não tem pedais, se dobra, possui freios a disco nas duas rodas e funciona com bateria que pode ser recarregada no próprio carro com 12 volts, corrente contínua ou numa tomada de corrente alternada comum. Tem muito boa autonomia.
Foi concebida para se encaixar perfeitamente no compartimento da roda de auxílio do carro. O conceito de mobilidade deste equipamento está concebido como um complemento do carro. Assim, o condutor poderia deixar o carro num estacionamento fora dos grandes centros congestionados e se dirigir com a bicicleta elétrica aos centros de maior congestão. ( da correspondente do blog em Montpellier ).

iPhone pra tudo


Desde os primórdios que o ato de protestar existe e a democracia é exemplar nesse aspecto. A França atual que o diga. Toda a beleza de Carla Bruni anda ofuscada aos olhos de Sarkozy pelos novos enfants terribles, que agora passou a ser a turma da la retraite (aposentadoria). 

Mas em tempos de novas tecnologias os protestos se diversificaram e New York, pra variar, não fica atrás quando o assunto é inovar. Pois bem, os integrantes da banda Atomic Tom tiveram seus instrumentos roubados e, sem perder a paciência, resolveram protestar dentro de um vagão do metrô novaiorquino conectando seus iPhones em uma caixa de som amplificada e fazendo uso de aplicativos mandaram ver no som, como pode ser conferido no vídeo acima.

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

O maior túnel do mundo




Uma cidade sagrada às margens do rio Ganges

Varanasi, também conhecida como Benares ou Banaras e Kashi é uma cidade situada nas margens do rio Ganges , no estado indiano de Uttar Pradesh. É considerada uma cidade sagrada pelos budistas e jainistas e é o lugar mais sagrado do mundo no hinduísmo (e centro da terra na cosmologia Hindu). É uma das mais antigas cidades continuamente habitadas do mundo e provavelmente a mais antiga da Índia. ( AsianLoL ).

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Intenção de voto para Presidente 2010 - IBOPE, (por região, em 20 de outubro)


Mergulhando com os tubarões

Nascido e criado em Copacabana, um dos bairros mais tradicionais do Rio de Janeiro, Marcelo Szpilman descobriu desde cedo a sua vocação para viver em contato com o mar. Ainda jovem, deslizava pelas ondas do Posto 6 em cima de uma prancha de surfe. Biólogo marinho formado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), ele logo aposentou o instrumento para se dedicar a um mundo ainda mais distante da realidade urbana: a imensidão azul do interior dos oceanos. 

Diretor do Instituto Ecológico Aqualung desde 1994, quando ele foi criado, Szpilman é especialista em tubarões. Em entrevista para o site O Eco, ele fala sobre a fobia de tubarões, os poucos registros de ataques a humanos e o declínio populacional assustador de diversas espécies nos últimos 20 anos em função do mercado de barbatanas. Predador topo da cadeia, sua ausência pode causar desequilíbrio não apenas debaixo d’água, mas também acima dela. 

Confira, abaixo, a entrevista completa.

Os tubarões, em geral, vivem no imaginário de todos como seres perigosos, os maiores predadores do oceano. Esta fama faz sentido ?
Marcelo Szpilman: O filme do Steven Spielberg foi um divisor de águas. O medo do tubarão, na verdade, é fobia. A maiorias das pessoas que dizem ter medo, nunca, de fato, ficarão de frente com um. No mundo, há cerca de 400 espécies de tubarões conhecidos. No Brasil, este número cai para 88. Cinco são potencialmente perigosos: tubarão Branco, tubarão Tigre, Galha-Branca Oceânico, Mako e Cabeça-Chata. O macho deste último, aliás, é o bicho com maior testosterona do mundo, e trata-se da única espécie que entra e pode permanecer em água doce. As fêmeas parem o filhote ali, e este só faz o caminho de volta quando se sente seguro. Ele já foi visto no rio Amazonas, por exemplo. O tubarão não ataca homem por falta de peixe. Muitas vezes é erro de identificação. Os registros de ataques de cobras no mundo chegam a 250 mil por ano. De hipopótamos, 400 por ano. Os tubarões atacam os seres humanos, em média, 80 vezes por ano.


Na década de 90, Pernambuco entrou em estado de alerta em função de uma série de ataques de tubarões a surfistas e banhistas. Qual a explicação para estes incidentes?
Szpilman: Quando o Porto de Suape foi construído (na foz do rio Ipojuca, entre os municípios de Ipojuca e Cabo de Santo Agostinho), as obras aconteceram em cima de um mangue, grande fonte de vida e alimento, inclusive para os tubarões. Além disso, fecharam as bocas de dois rios, usados historicamente pelas fêmeas da população de cabeças-chata da região para o parto. Isto deslocou a população para a grande Recife, especificamente na praia de Boa Viagem (uma das mais tradicionais da capital). O encontro destes animais com os seres humanos, uma novidade para ambos, gerou os ataques no início da década de 90. Houve um aprendizado de ambos, e os acidentes diminuíram muito. É preciso fazer um trabalho de educação ambiental.

Quais são, hoje, os principais impactos para os tubarões nos oceanos ao redor do planeta, e o quanto eles estão ameaçados?
Szpilman: Atualmente, estima-se que cerca de 100 milhões de tubarões são mortos nos oceanos. Os principais problemas são a pesca predatória, aquela feita de maneira incorreta, como rede de arrasto, e sobrepesca, a correta, mas feita muito além do limite de reposição natural da espécie. Lá fora até existe cota de pesca e há fiscalização. Aqui no Brasil a pesca só é limitada quando o animal encontra-se na lista de ameaçados de extinção. Mesmo assim, o controle não é feito.

Quais os principais objetivos destas atividades, por que o mercado do tubarão é tão valioso?
Szpilman
: Na pesca predatória existe, por exemplo, a cápsula de cartilagem de tubarão. Na Costa Rica, uma fábrica apenas usa 235 mil tubarões por mês. Dizem que é anti-cancerígeno, mas não existem bases científicas que comprovem isto. Além disso, o mercado de barbatanas cresce cada vez mais. São cerca de 120 países envolvidos, e a maioria vende para a China. De 20 anos para cá, o país colocou 300 milhões de pessoas na classe média. Lá, sopa de barbatana é considerada status. Por isso, todo mundo quer consumir, mostrar poder de compra. Um quilo de barbatana é vendido por 50 dólares. Um quilo de carne, por sua vez, pode ser comprado por 1 dólar. O Brasil é um dos maiores pescadores de barbatana. Existe uma normativa do Ibama que proíbe ter mais de 5% de barbatana no peso dos produtos da embarcação. Caso contrário, significa que ele pegou apenas a barbatana, que é cerca de 5% do peso do animal, e jogou a carcaça fora. O mercado ilegal é muito forte na Ásia, mas basicamente China.



Qual foi o declínio populacional nas últimas décadas?
Szpilman
: Apenas nos vinte últimos anos alguns tubarões reduziram em até 80% suas populações no Brasil e no mundo. Dois casos são os do Martelo eAzul. Em nosso país, 43% das espécies sofrem algum tipo de ameaça. Já existem regiões em que há o declínio quase total de espécies. Quase não há mais mangonas em algumas regiões de Rio de Janeiro e São Paulo, por exemplo. Também pesca-se muito tubarão, porque come-se carne, pele, fígado, usa-se cartilagem para ração.

E quais são os riscos para a saúde dos oceanos e os impactos ambientais que a redução nas populações de tubarões pode causar?
Szpilman
: São dois principais: desequilíbrio na saúde dos oceanos e descontrole populacional de outras espécies. O tubarão alimenta-se muito de carniça, come os alimentos já em decomposição. Sem estes animais, as microbactérias se proliferam e pode haver problemas de oxigenação em todo o planeta. O tubarão também está no topo da cadeia alimentar. Quando elimina-se este animal, aquele que está logo abaixo aumenta muito, pois não tem mais predadores. Foi o que aconteceu, por exemplo, em uma baía australiana, na década de 80. Lá, acabaram os tubarões e a população de polvo multiplicou, causando sérios problemas para a lagosta, alimento deste último. A afirmativa vale também, por exemplo, para os ursos polares. Por ano, o governo canadense permite a matança de 300 mil focas (multiplicadas em virtude da queda no número de ursos polares) porque ela come muito bacalhau e o mercado deste bicho é enorme.

Como é a atuação do Projeto Tubarões no Brasil (PROTUBA), capitaneado pelo Instituto Ecológico Aqualung, e o que fazer para evitar a extinção destes animais?
Szpilman:
 A reprodução do tubarão é muito lenta, então é preciso reduzir o consumo. Algumas espécies vão acabar, infelizmente, como o Martelo. No Protuba realizamos pesquisas de campo e trabalhamos diretamente com o consumidor, para convencê-lo a não adquirir mais estes produtos. Sem demanda, não haverá mais a máfia.

Quais os melhores mergulhos que você já fez na vida?
Szpilman: 
O mergulho com o tubarão Tigre, na África do Sul, tem umas das melhores interações possíveis, porque eles ficam muito próximos de você, olham no seu olho. Aliás, vale dizer que o senso comum de que estes animais não enxergam bem é mentira. Eles têm uma visão muito apurada. O outro foi com o tubarão Branco, na Ilha de Guadalupe, no Pacífico. Neste caso ficamos dentro da jaula, e vemos aquele bicho poderoso, bonito, e a água é límpida. Ali, você mergulha com o mito.  ( o eco ).

Equações matemáticas que criam imagens em 3D

O matemático francês Benoit Mandelbrot é conhecido como pai de uma nova geometria, a geometria fractal que criou novas formas geométricas chamadas de fractais. Nas imagens abaixo admire-se com toda a beleza das equações matemáticas produzindo formas exuberantes.


terça-feira, 19 de outubro de 2010

Localize-se no mapa de forma prática e simples

Mais uma excelente ferramenta de localização encontra-se a disposição na web. O site vPike , disponibiliza a localização em parceria com o google maps de qualquer lugar, bastando para isso que seja informado o nome da rua, o número (se quiser uma maior precisão), a cidade e o país.

A digitação é simples sem necessidade de vírgulas entre as palavras e o resultado é quase que imediato com a visualização da imagem ou mapa do local. Outro ponto bastante positivo é que nas cidades os google street view já registrou e catalogou imagens, o vPike também libera as imagens para visualização com direito a zoom, efeitos rotacionais e de perspectiva. 

Como exemplo, para obtenção da imagem acima, foi digitado: marco zero recife pernambuco e um outro recurso interessante é que clicando e arrastando o avatar de cor amarelo na imagem, a mesma se movimenta criando uma nova imagem. ( com informações da correspondente do blog em Montpellier ).

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Alimentos que criam paisagens


frutas e hortaliças representando balões

Utilizando vegetais, frutas, pães, peixes, entre outros elementos do universo culinário, o artista Carl Warner recriou paisagens de diferentes lugares, inclusive aquáticos.
Os cenários fantásticos foram esculpidos por Warner que, a seguir, os fotografava para eternizar o feito.
O mar de Warner é feito com frutas e vegetais
O outono é retratado com cereais matinais nas fotografias do livro Food Landscapes
Tomates, queijos e massas montam a cozinha de Carl Warner
São diferentes criações feitas com produtos da agricultura e até com barras de chocolate e salgadinhos. As imagens fazem parte do livro Food Landscapes.

domingo, 17 de outubro de 2010

Energia eólica sem turbinas

Windstacks, uma nova forma a base dos ventos de captar energia. Além de ser mais silenciosa, ocupa menos espaço e não traz riscos aos pássaros.
O projeto é de uma empresa de Nova York chamada Atelier DNA e foi feito para a cidade planejada de Masdar, uma região construída próxima a Abu Dhabi.
As Windstaçks ficaram em segundo lugar no concurso Land Art Generator, uma competição patrocinada por Madsar para identificar a melhor obra de arte que gerasse energia renovável.
O projeto constitui de 1203 “hastes” de fibra de carbono, reforçadas com resina; elas possuem 0,3 metros de largura, 54 metros de altura e estão fixadas em bases de concreto com diâmetros entre 10 e 20 metros.Cada haste contém camadas de eletrodos e discos de cerâmica alternados, feitos de materiais piezelétricos (que geram correntes quando colocados sob pressão).
No caso das hastes, os discos irão ser comprimidos quando elas forem balançadas ao vento.A espessura da haste no topo é de apenas 2,5 cm e, lá em cima, fica presa uma lâmpada de LED que fica acesa quando venta. Há ainda um sistema de armazenamento de energia, uma bateria, para os momentos em que o vento for pouco.

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