quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Os alimentos do futuro


Cada ano, 60 bilhões de animais (sem contar os peixes), são abatidos para o consumo humano. Substituir a carne e/ou o peixe pelas larvas é uma das pistas que vem sendo estudada pela FAO para garantir a alimentação da população mundial nas próximas décadas (9 bilhões de pessoas em 2050). Espetinhos de gafanhoto, escorpiões ao molho piquante, larvas fritas … o cardápio não parece nada apetitoso, mas vamos ter que nos habituar à esta idéia que é tao antiga quanto o homem. Na verdade, os insetos  representam uma biodiversidade extremamente importante e conforme diversos experts será o futuro da nossa alimentação. Atualmente, escorpiões, gafanhotos, escaravelhos… já fazem parte dos cardápios de inúmeros países asiáticos, do México… e representam uma fonte, não negligente, de proteinas, de vitaminas e de sais minerais. As larvas das abelhas constituem uma excelente fonte de vitamina D e a carne do gafanhoto oferece bem mais glicídios e cálcio que qualquer carne bovina. Apenas para se ter uma idéia, um enxame de gafanhotos, representa 400 000 toneladas de proteinas. E em termos de calorias e gordura, por exemplo, 100 gramas de carne moida contém mais do dobro em comparação a 100 gramas de grilos.

Um bom rendimento : para se produzir 1 kg de carne bovina, precisamos de 10 kg de produções vegetais, enquanto que para se produzir a mesma quantidade de insetos precisamos apenas de 3 kg de vegetais. A entomofagia – nutrição a base de insetos – poderá ser a solução ideal e pouco a pouco, ela vem ganhando terreno no Ocidente graças aos seus argumentos nutricionais. Atualmente, mais de 1400 espécies de larvas e de insetos são consumidas em aproximadamente 90 países e 3 000 etnias espalhadas nos cinco continentes. Convém salientar, que uma entomofagia de massa, pode representar uma ameaça as espécies de insetos comestíveis e desestabilizar os ecosistemas aos quais eles são essenciais. Exemplo, consumir alguns milhões de gafanhotos migratórios pode ser uma vantagem para alimentar a população e proteger os campos dos efeitos desastrosos da passagem desses insetos. Mais informações, receitas  e um vídeo AQUI ( da correspondente do blog em Montpellier ).

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